Saturday, July 30, 2011
Friday, July 29, 2011
Saturday, July 23, 2011
Receita
Wednesday, July 20, 2011
Monday, July 18, 2011
Saturday, July 16, 2011
Friday, July 15, 2011
Cabeça de nuvem
Faz tempos, venho estruturando uma personagem que sabe das coisas mas vive com a cabeça nas nuvens, e muito esquecida, esquece de ouvir, esquece o caminho para onde quer ir, esquece os nomes das pessoas, e muitas outras coisas são esquecidas por ela.
Ela é vaidosa mas se esquece de se aprontar, se arrumar,gosta de coisas boas mas se esquece de adquiri-las.
Em suma, CABEÇA DE NUVEM vive com a cabeça no ar, no ceu, tentando dar certo na vida aqui na terra.
Raquel Silva uma grande amiga e artista, criou figuara para esta personagem. Ficou otima. Raquel diz que e só um estudo, mas vou usar o "estudo" dela para lançar neste momento...
Ta-Da... e com voces....CABEÇA DE NUVEM...
primeiro pensamento dela...
-NÃO SEI ONDE ESTOU QUE NÃO FUJO DAQUI AGORA...
Thursday, July 14, 2011
Achei esta poesia tao bonita... quem me mostrou foi a Quel. ainda quando estava na Califórnia
Ela e parecida com todas as minhas amigas, portanto, linda...
Professora
Max Dextre
Abril de 1936 - Marzo de 1998
Destacado poeta, periodista cultural
Tradução: Martita Dias
A minha Mãe lhe diziam louca,
mas não era louca, era professora.
Falava diferente.
Dizia: "Os olhos servem para escutar".
Eu tinha dez anos de idade
Um menino, não compreende a linguagem vertical
e pensava que quiçá minha mãe era louca.
Certa vez me armei de valor e lhe perguntei:
Com que olhamos?
Minha mãe me respondeu:
"Com o coração"
Quando minha mãe se levantava de bom humor cantava:
" Hoje pus meu vestido de vinte anos".
Eu sabia que não tinha vinte anos e a olhava, nada mais.
Que pode fazer um menino, senão escutar?
Se minha mãe estava triste dizia estar vestida de nevoeiro.
" Hoje tenho oitenta anos" -disse-, quando desaprovei um curso.
Ao fim pude terminar a educação primária.
O dia da clausura chegou tarde.
Desculpou-se dizendo: "Hijito, demorei-me porque estive procurando
meu vestido de Primeira Comunhão,
Não vês meu vestido de Primeira Comunhão?".
Olhei a minha mãe
e não estava vestida de Primeira Comunhão.
Depois teve esse acidente fatal.
Chamou-me a seu lado,
pegou forte minhas mãos e disse:
"Não tenhas pena, a morte não é para sempre" .
Pensei: minha mãe não se dá conta do que fala.
Se um morre é para sempre.
Era menino e não entendia suas palavras.
Agora tenho cinquenta anos e recém compreendo seus ensinos.
Sim, Mãe, podemos ter 20 anos e ao dia seguinte oitenta.
Tudo depende de nosso estado de nimo.
Os olhos servem para escutar
porque devemos olhar com atendimento a quem nos fala.
Para conhecer a realidade essencial de uma pessoa,
temos que a olhar com o coração.
A morte não é para sempre,
só morre o que se esquece
e a minha mãe a recordação porque a quero.
Agora -em sonhos falamos-
nos rimos de seu método de ensino.
Aprendi a olhar com o coração.
Uma noite me disse:
"Notei que te molestas
se teus amigos te dizem louco e isso não está bem.
É natural que o filho de uma louca seja louco".
Então -pela primeira vez-
repliquei a minha mãe e lhe disse:
"Mãe, equivocas-te, nem sempre o filho de uma louca
tem que ser louco; às vezes é poeta".
Por isso posso dizer com orgulho:
"A minha mãe lhe diziam louca, mas não era louca, era professora.
Me ensinou a descobrir a vida depois da morte".