Thursday, September 9, 2010

Tagore

Hoje vou falar de poesia que é uma forma de alimentar o corpo e tambem a alma.
Aprendi a amar Tagore em um livro que meu pai comprou e deixou distraidamente sobre a mesa da sala quando eu tive 12 ou 13 anos.
Os poemas caiam em minha alma como lágrimas em um terreno ressequido; totalmente, ansiosamente absorvidos, como se eu esperasse por eles.
O livro, não sei porque razão foi devolvido, eu fiquei sem uma leitura que eu gostava tanto, mas nunca o esqueci.

Prátima encontrou um Tagore em sua caminhada rumo a Nossa Senhora do Monte da Chibata, e reviveu na autora um antigo encantamento...
Hoje, o prato apresentado aos amigos chama-se CÂNTICO DA ESPERANÇA, e é assim:



Cântico da Esperança


Não peça eu nunca
para me ver livre de perigos,
mas coragem para afrontá-los.

Não queira eu
que se apaguem as minhas dores,
mas que saiba dominá-las
no meu coração.

Não procure eu amigos
no campo da batalha da vida,
mas ter forças dentro de mim.

Não deseje eu ansiosamente
ser salvo,
mas ter esperança
para conquistar pacientemente
a minha liberdade.

Não seja eu tão cobarde, Senhor,
que deseje a tua misericórdia
no meu triunfo,
mas apertar a tua mão
no meu fracasso!

Rabindranath Tagore, in "O Coração da Primavera"
Tradução de Manuel Simões